Igor Tx mergulha na própria trajetória e lança primeiro EP na carreira solo

JVMTX conta com sete faixas e participações especiais e está disponível em todas as plataformas digitais

Quase dois anos de produção, com idas e vindas no processo criativo, até que tudo se encaixasse do jeito que Igor Tx imaginou. Em JVMTX, seu primeiro EP solo, o rapper brasiliense apresenta uma obra que carrega sua identidade artística por inteiro. O projeto foi lançado no dia 18 de março.

“Eu já tinha começado esse projeto antes, mas parei porque não estava gostando do que estava saindo. Depois sentei, vi o que não gostei, o que dava pra melhorar... e fui continuando com mais cuidado”, conta Igor, relembrando o caminho nada linear até chegar à versão final do trabalho.

O resultado são sete faixas. A abertura, Somos Tão Jovens, presta reverência à clássica Tempo Perdido, da Legião Urbana, e conta com arranjos gravados por n!ch, jovem instrumentista que transita entre o gospel e o experimental. Já em Meia Noite, Isa Marques (confirmada no line-up do Festival Meskla) divide o microfone com Tx numa faixa que une sensibilidade e potência.

A presença de outros artistas do Distrito Federal não é por acaso. “‘n!ch’ e ‘akhi huna’ são feats que mostram como me importei mais com a sonoridade do que com simples participações por streams”, resume Igor. “Escolhi todos pensando em como cada um podia somar de verdade.”

Na produção musical, Lucas Barcellos assina a coautoria do projeto, com Doc 7 contribuindo na parte criativa. O EP ainda traz Kurly444 e o próprio Doc 7 na faixa bônus, Havaianos Freestyle, para encerrar o trabalho.

Visualmente, o EP também carrega um código pessoal. A capa, fotografada por Rafael Barbosa (que já clicou nomes como Froid), ganhou edição criativa de Talyssa, cinegrafista do curta Cabeça Explosiva. O tom azulado, longe de ser só estética, também tem intenção: “O álbum é azul porque é minha cor preferida. Quero que todos os meus projetos tenham o azul como cor principal”, revela o artista.

JVMTX já está disponível em todas as plataformas digitais. Mais do que um EP de estreia, é o “primeiro filme” de um artista que sabe onde quer chegar — e que não teve pressa pra contar essa história.

Camila Piacesi, jornalista.